*Projetos*
CONSTRUINDO
A NAÇÃO 2009-2010
Leitura,
uma janela para o saber: aqui ninguém fica para trás.
Recife,
2009
construindo
a nação 2009-2010
Escola
Municipal Padre Antônio Henrique
Rua Viscondessa do
Livramento, 290, Derby, Recife, Pernambuco.
CEP: 52.010-0060. Fone
(081) 32325910
Dirigente titular:
Maria de Fátima Ribeiro Ferraz
Coordenadora Pedagógica:
Maria José Negromonte
E-mail da Escola: em_pe_henrique@yahoo.com.br
E-mail da dirigente: fafaferraz21@hotmail.com
E-mail da coordenadora:
cellynegromonte@hotmail.com
Leitura,
uma janela para o saber: aqui ninguém fica para trás.
A Escola possui um total 414 alunos, dos quais 63 são
estudantes da Educação Infantil, 86 estudantes do Primeiro e Segundo Ciclos de
Aprendizagem, 200 do Terceiro e Quarto Ciclos de Aprendizagem e 65 na Educação
de Jovens e Adultos.
A comunidade escolar
é formada por estudantes de diversas categorias: ouvintes, surdos, deficientes
auditivos, deficiências intelectuais, baixa visão, múltiplas deficiências, e
paralisado cerebral. As salas de aula são diversificadas com turmas de surdos,
turmas de ouvintes, e turmas inclusivas. Nesse Projeto tivemos a participação
de todos os estudantes, porém houve um envolvimento maior dos/as estudantes do
Terceiro e Quarto Ciclos de Aprendizagem, no Ensino Fundamental, que tem 200
estudantes.
O projeto: “Leitura, uma janela para o saber:
aqui ninguém fica para trás”, teve início no mês de maio de 2009 e está
previsto para encerrar no mês de outubro, tendo a culminância com o Recital de
Poesia “A vez do verso”, que acontecerá no Auditório da FUNDAJ, no Derby – Recife/PE.
Outras ações permanecem até o final do ano letivo, buscando incentivar a
leitura e a produção escrita. O mesmo tem como ação prioritária elevar o nível
cultural de estudantes surdos e ouvintes dessa Unidade de Ensino e visa
beneficiar toda comunidade escolar.
(Estudantes
do turno da manhã, em visita a Oficina Cerâmica Francisco Brennand)
O
projeto surgiu da necessidade de intensificar a prática de leitura dos/as
estudantes. Pois, de acordo com as estatísticas governamentais, a quantidade de
estudantes que estão nas escolas sem o domínio do código alfabético é
preocupante. Daí a necessidade de se pensar ações que tentem minimizar esses
dados. Desta forma pensamos ser a leitura o eixo que vai possibilitar a todos o
acesso ao conhecimento e a construção desse direito básico de todo cidadão.
Pois é através da leitura e da escrita que podemos contribuir para a
transformação de uma nação.
Temos na escola grandes talentos, alguns/mas
estudantes que se destacam pelo seu interesse e desempenho nas atividades que
envolvem leitura e escrita, mas em contrapartida, por ocasião do Conselho de
Ciclo, detectamos um número significativo de estudantes que não possuíam o
código alfabético bem estruturado. O universo escolar é bastante diversificado,
já que trabalhamos com duas línguas oficialmente reconhecidas: o Português e a
Língua Brasileira de Sinais- Libras- necessitando, portanto, de ações mais
pontuais, a fim de que possamos oferecer todas as oportunidades de
enveredamento pelo mundo da leitura, para que juntos possamos cantar e encantar
ao som das palavras cantadas e contadas.
Assim sendo, optamos trabalhar em um projeto de leitura a ser
desenvolvido na Escola durante o ano letivo de 2009, que priorizasse ações com
vista a ampliar o mundo letrado desse grupo.
Para
enriquecimento dos trabalhos, contamos com a parceria do Serviço da Indústria -
SESI, do Banco Itaú e da Unimed, além da própria Prefeitura do Recife através
da Secretaria de Educação Esporte e Lazer e do Programa de Leitura Manoel
Bandeira. Também recebemos recentemente uma verba, adquirida através de
participação em seleção de projetos, para implantação de uma biblioteca na
escola.
(Grupo
de estudantes do Quarto Ciclo compartilhando Histórias)
Nossos
parceiros têm atuado de diversas formas, todas direcionadas para incentivo à leitura.
O SESI, mensalmente fornece exemplar da Revista Educativa SESINHO; o
Banco Itaú fez doações de livros de Literatura Infanto- Juvenil e uma
Biblioteca Móvel. A UNIMED – Cooperativa Médica - também fez doações de livros
de literatura Infanto-Juvenil e a Prefeitura, além das ações cotidianas, fez a
entrega dos Kits de livros de Literatura para ampliar o acervo dos próprios
estudantes, através do Projeto Manuel Bandeira. Proporcionando a distribuição
de Livros como: A festa na floresta; Utopia não, esperança sim; A lenda da
Vitória-Régia; A revolta dos Caranguejos Gigantes; Um passeio pela África; Do
outro lado tem segredos; Explicando a Arte; Explicando a Arte Brasileira e
Explicando a Filosofia com Arte.
(O “Sesinho” em sala de aula)
Na
articulação dos trabalhos contamos com o empenho de todos os gestores,
coordenação pedagógica, apoios pedagógicos, educadores, estagiário/as. Foi uma
ação conjunta onde todos/as profissionais das diversas áreas e disciplinas
empenharam-se em explorar com os/as estudantes atividades voltadas à prática de
leitura e escrita.
Como já citamos anteriormente, recebemos no início do ano
turmas bastante heterogêneas com estudantes que liam fluentemente e outros que
nem reconheciam as letras de seus próprios nomes. Com essa discrepância era
difícil manter um nível satisfatório no Processo de Ensino e de Aprendizagem.
Realizamos a diagnose do rendimento dos/as estudantes, através de exercícios de
sondagens e observações do grupo. Baseando-se nessa diagnose, o grupo ainda não
alfabetizado passou a ter assistência de Estagiários do Projeto Alfaletramento,
que atendia individualmente cada estudante.
(Atenção redobrada aos
estudantes)
Temos como objetivo principal promover a leitura e a
produção textual, despertando em todos eles/as o prazer pela leitura e
auto-realização nas produções. Consideramos que fomentar a leitura e formar
leitores é o passaporte para a democratização dos bens culturais e do mundo
letrado, para que assim a aprendizagem seja significativa. Sendo assim,
elencamos alguns objetivos específicos: estimular o gosto e o prazer pela
leitura; promover leituras expressivas; intensificar a prática de atividades de
interpretação textual; diversificar atividades textuais com suportes de
diferentes gêneros; oferecer atividades diferenciadas aos estudantes não
alfabetizados; incentivar a produção literária; selecionar e ensaiar poemas
para participação no recital de poesias; ampliar os empréstimos de livros de
literatura para a comunidade escolar; adquirir novos títulos para ampliação do
acervo da biblioteca; escolher com os/as estudantes o nome da biblioteca,
através de eleição; promover feira literária; interagir com escritores; realizar
palestra de sensibilização; organizar a Semana Literária, entre outros.
Inserir toda a Escola no universo das palavras foi a
forma que encontramos para ampliar os horizontes e romper fronteiras, uma vez
que as palavras têm o poder de ultrapassar essas fronteiras. Circulando pelo
mundo, elas vão integrando um vocabulário que aproxima as pessoas, como afirma
Sérgio Corrêa da Costa. (folder do Museu da Língua Portuguesa).
(Relato oral no Jardim Botânico) (Seleção de imagens para a
produção escrita)
Destacamos a seguir algumas das ações realizadas durante
as aulas. A partir da diagnose inicial, os/as estudantes ainda não
alfabetizados e os/as que apresentavam dificuldades na leitura e interpretação
textual, passaram a ter um atendimento específico às suas necessidades. No
início, houve certa resistência de alguns estudantes, porém, com o passar do
tempo, foram se conscientizando da importância desse trabalho, e o resultado
vem sendo satisfatório. Houve também o apoio dos/as colegas a esse grupo,
estimulando-os a estudar mais e não deixar ninguém para trás.
Atividade/Ação
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Responsável
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Prazo
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Custo
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Atendimento
individual dos educandos com déficit de aprendizagem;
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Albanize e Kássia (Estagiárias do
Alfaletramento)
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Maio a
Dezembro
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Utilização
de diferentes gêneros textuais;
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Todos os/as educadores/as
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Maio a
Dezembro
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Acervo próprio
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Atividades
pedagógicas, utilizando o Jornal em sala de aula;
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Todos os/as educadores/as
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Maio a Agosto
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Acervo dos educadores
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Ampliação
das parcerias;
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Gestores e Coordenador
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Todo o ano
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Ampliação
do acervo da biblioteca;
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Prefeitura
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VII Bienal do Livro
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R$ 1.000,00
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Projeto
sobre o Holocausto com o livro “A mala de Hana”;
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Elisabete e Leila (Educadoras)
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Julho a Setembro
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Livros: R$ 125,00 (Prefeitura)
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Apresentação
do Recital de Poesias, na Escola, no Teatro e na Bienal;
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Helena Baltar (Educadora)
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Maio a Outubro
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Realização
da Oficina de Cordel;
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Allan
Kardec (Convidado)
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Setembro
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R$ 90,00
(Prefeitura)
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Encontro
autor e leitor: um estímulo a leitura;
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José Carlos Ferreira (Convidado)
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Setembro
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R$ 90,00
(Prefeitura)
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Eleição
do nome da Biblioteca
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Helena Baltar (Educadora)
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Setembro
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Livro
vai, história vem;
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Claudenice (Est. mediadora de Leitura)
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Maio a Dezembro
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Acervo da biblioteca
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Contação
de História, com o grupo Palavra Cantada
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Isleide (Educadora) e Marcos
(Convidados)
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Setembro
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Palestra:
Uma história de encantamento: Recife e seus poetas;
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Marcos Alexandre (Educador)
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Agosto
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Socialização
das produções literárias;
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Educadores/as
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Maio a Dezembro
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Atividades
no Laboratório de Informática
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Batista (Educador) Andréa, Arthur, Leandro (Estagiário) e demais educadores
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Maio a Dezembro
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Laboratório da Escola
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Durante as aulas, em todas as disciplinas, os/as
educadores/as levavam para as salas conteúdos e atividades que explorassem a
compreensão textual e, muitas vezes, os textos eram lidos pelos próprios
estudantes e debatidos entre eles/as.
(Leitura expressiva) (Atendimento individual
no Alfaletramento)
No decorrer das aulas tudo passou a ser registrado, dessa
forma os livros recebidos e escolhidos para ler eram explorados com atividades
escritas, assim como os filmes assistidos, as excursões, os passeios e
brincadeiras. Textos também eram transformados em jogos teatrais com a
participação dos grupos.
Com a Revista Educativa “Sesinho” procuramos explorar não
só as histórias em quadrinhos e as tirinhas, mas todos os demais gêneros
textuais que elas trazem e as atividades interativas. Seus conteúdos são bem diversificadas e navegam por várias
disciplinas e temas transversais.
A leitura e a produção
das histórias em quadrinhos, com certeza, ajudou bastante ao grupo, pois
desenvolveram diversas situações de aprendizagem, ampliaram as capacidades de compreensão
textual, possibilitaram o desenvolvimento da oralidade, estimularam a
criatividade na produção de textos e na criação de seus próprios quadrinhos.
(Jogos Teatrais) ( Teatro: do texto ao gesto)
Com a publicação do Novo Acordo Ortográfico, houve a
socialização do mesmo através da elaboração e exposição de cartazes, produzidos
pelos/as estudantes, nas dependências da escola, contribuindo assim para a
divulgação e apropriação das novas determinações desse acordo. Esses cartazes
foram bastante lidos pela comunidade
escolar e visitantes.
(Atividades
integradas) (Coral mãos que falam)
Além de leituras expressivas, a produção literária foi
bem explorada durante as aulas e alguns estudantes participaram do Concurso de
Redação, com a temática “Recife: berço da astronomia”, promovido pela
Secretaria de Tecnologia. (Anexo 2)
(Socialização de textos)
(Produção coletiva)
Foram realizadas, nas turmas, oficinas de Libras (Língua
Brasileira de Sinais) com a participação de educandos/as surdos/as que atuavam
como instrutores da Libras, sob a supervisão de intérpretes. Nessas oficinas
eles/as sinalizavam palavras para a turma que as respondiam.
(Sinalizando o
poema) (Oficina de
Libras de surdo para ouvintes)
Outro destaque do trabalho foi a leitura do livro “A mala
de Hana”. Por meio dele o grupo do Quarto Ciclo se deparou com os fatos mais
desumanos do Holocausto, refletiram
sobre as crueldades vividas pelos judeus e se questionaram sobre o que estaria
guardado naquela mala, penetrando assim no imaginário simbólico. Depois disso
confeccionaram suas próprias malas, guardando nelas o que eles julgaram de mais
precioso.
(Construção coletiva)
(Construções individuais)
O jornal esteve presente na sala de aula. Todos os
cadernos dos principais jornais de circulação na cidade foram trabalhados. Com essas leituras foi possível
desenvolver um trabalho interdisciplinar, uma vez que os jornais trazem muitas informações
e notícias. Dessa forma, em Língua Portuguesa, eles/as estudaram os
“Classificados”, “Cartas ao Leitor” e o Caderno de domingo do Jornal do
Commércio - JC e do Diário de Pernambuco.
Em Arte, os Cadernos “Viver”, do Diário de Pernambuco, e
“Caderno C”, do Jornal do Comércio, conduziram o grupo para o trabalho com
publicidade, propaganda, fotografia e legendas, além de reportagens sobre o
mundo das artes e agendas culturais. Nessas aulas o grupo utilizou o
Laboratório de Informática para fazer suas produções.
(Pesquisas na internet) (Produção
gráfica do est. Diógenes)
Nas aulas de Geografia foram
trabalhados os Cadernos “Cidades” e “Vida Urbana” dos jornais já citados, que
traziam para o grupo notícias atuais com temas diversos. Já as aulas de História exploraram as
notícias do Brasil e as Internacionais. Em Matemática, os professores
trabalharam os cadernos de Esportes e as matérias que mostravam o tratamento da
informação como gráficos e tabelas, além disso, trabalharam os encartes, as
promoções e tudo que pudesse reportar aos números. O grupo interpretava as
matérias e realizava atividades escritas relacionadas a elas.
Com o “Carrinho de Leitura” na sala os grupos escolhiam
as obras literárias que queriam lê. Levavam
esses livros para casa e também indicavam a leitura para outros colegas.
(Est.
Leandro, baixa visão e produção)
(Est. Reivson, vencendo a Par. Cerebral)
A Semana Literária ocorreu de 14 a 18 de setembro, tendo
como convidados escritores e professores/cantores que contribuíram para o enriquecimento
das aulas com a integração e o debate sobre a produção literária e também com
“rodas de viola”. Durante essa semana foi escolhido, através de eleição
realizada nas turmas, o nome da Biblioteca da Escola, que será chamada “Páginas
do Amor”, com inauguração prevista ainda para esse ano. (Anexo 4 - Programação)
Foi realizada na terça-feira a “Oficina de Literatura de
Cordel”, por Allan Kardec Sales, com alunos do Quarto Ciclo. Houve excelente
interação dos estudantes na apresentação do universo cordelista pernambucano.
Algumas dessas produções estão anexadas ao projeto. (Anexo 5)
(Allan Kardec, na
oficina de Cordel)
(Ele fazendo verso)
Com “O escritor em
sala de aula”, os/as estudantes puderam estabelecer um diálogo interessante com
o escritor José Carlos Ferreira Maia, sobre a obra “Hoje é o amanhã do ontem”, cujo
tema, aquecimento global, possibilitou um rico debate e reflexões sobre a
responsabilidade de cada um de nós com o meio ambiente. Após a oficina, o livro
continuou sendo trabalhado durante as aulas de Geografia e Ciências.
(José Carlos Ferreira,
em oficina Literária) (Com o
Livro “Hoje é o amanhã do ontem)
A “Palavra Cantada”
proporcionou um momento de muita descontração. Os apresentadores estabeleceram
uma divertida brincadeira com o jogo de palavras e os estudantes participaram
cantando e cantarolando histórias, empregando também a linguagem gestual.
(Palavra Cantada: Marcos e
Isleide) (A
vez e voz da estudante Graciete)
No encerramento da “Semana Literária”, tivemos a presença
do escritor/poeta Dr. Marcos Alexandre, que conversou bastante com os
estudantes do Quarto Ciclo sobre poesias e poetas recifenses.
Mesmo sem a inauguração oficial da Biblioteca “Páginas do
Amor”, realizamos empréstimos de livros que são coordenados pela professora
Helena Baltar, responsável também pela “Feirinha Literária”, ocasião onde foi
possível ao grupo adquirir obras literárias a preços simbólicos, contribuindo
para a ampliação das bibliotecas pessoais de professores, estudantes e pais.
(Feira de
Livros)
(Marcos Alexandre e os poetas do Recife)
Outra ação do projeto foi o Recital de Poesias Nele
participam 80 estudantes, entre surdos e
ouvintes. Esses grupos, entre os meses de maio e setembro, selecionaram e escolheram
os poemas para recitar. No caso dos surdos, através da Libras, que é uma
linguagem gesto visual. Os surdos oralizados além de empregar a Libras
empregavam a voz.
Os participantes do recital estudam nas turmas de
Terceiro e Quarto Ciclos de Aprendizagem e, durante o período citado, ensaiaram
o poema nas aulas de Língua Portuguesa com a professora Helena Baltar e os
colegas da sala. Esses ensaios aconteceram semanalmente e, quando os/as
estudantes se sentiram mais seguros, fizeram demonstrações em outras salas.
O recital vem acontecendo desde 2001, com participação na
VI Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em 2007, e agendado para
participar da VII Bienal, este ano, nos dias 5 e 9 de outubro, no Centro de
Convenções, em Olinda.
A culminância do recital deste ano acontecerá em 23 de outubro,
no Auditório da Fundação Joaquim Nabuco, no Derby. Esse auditório tem sido
palco do êxito do recital, cuja platéia é formada pelos/as estudantes da
Escola, professores/as, funcionários/as, pais, mães e convidados. O mesmo é
registrado por processo fotográfico e videográfico.
Durante o ano letivo realizamos excursões pedagógicas com
os grupos que participaram da Peça “E eu com isso?”, no Auditório da CELPE, na Boa
Vista; do Festival de Cultura Popular no Museu do Homem do Nordeste, em Casa
Forte; do Lançamento do livro “Jonas”, na União dos Escritores.
Todo o processo de execução do nosso
trabalho foi permeado por encontros para avaliar o andamento das ações do
projeto, mesmo que esses encontros não fossem formais. Cada ação onde detectávamos
a necessidade de intervenção passou a receber a devida adequação para o êxito
do Projeto.
Alguns dos materiais produzidos
pelos/as estudantes foram arquivados, outros fotografados e/ou filmados. Os
demais foram devolvidos para os respectivos autores, que socializavam essas
produções junto à família. E, bastante elogiados pelos responsáveis em reuniões
com os/as professores/as e equipe pedagógica.
(Palestra
e teatro sobre Meio Ambiente)
As doações dos parceiros facilitaram
muito o desenvolvimento do projeto, pois possibilitaram um incremento no
acervo, diversificando os títulos que passaram a ser “descobertos” pelos
grupos, facilitando dessa forma a formação de leitores. O empenho, principalmente
dos/as professores/as, foi um fator decisivo de seu sucesso.
Consideramos que uma semente foi
plantada para o grupo. A partir de agora eles defendem a bandeira da leitura,
promovendo inclusive a leitura em suas residências para os familiares não
alfabetizados ou com pouco domínio de leitura. Atualmente, a maioria não olha
um livro contando as páginas e sim as histórias, o que é muito gratificante
para nós.
Esse Projeto foi reconhecido pelos
grupos como bastante exitoso, uma vez que a mobilização foi geral e os/as
estudantes conquistaram a vontade de ler, elevaram o poder de concentração e
participação nas leituras expressivas e no Recital. Além disso, o grupo dos não
alfabetizados demonstra melhora significativa.
Ao término do ano letivo, enviaremos
o projeto para a Secretaria de Educação da Prefeitura do Recife, juntamente com
nosso relatório anual. Os/as estudantes terão também como parâmetro avaliativo
o resultado das Provas Brasil e do
SAEPE. Esperamos com isto solucionar alguns entraves encontrados durante
o ano como a contratação de um Professor/a que atue na Biblioteca. Além de
buscarmos mais apoio a nossa prática pedagógica.
Verificamos que houve um engajamento
muito bom de todas as pessoas envolvidas no Projeto. Dessa forma, consideramos
oportuno dar continuidade ao mesmo, trabalhando com novos textos e temas,
explorando o universo literário, contribuindo para fomentar o prazer de ler e
de conquista de cidadania.
(Estudantes no Auditório da CELPE)
Optamos por inserir no corpo do
texto alguns dos registros fotográficos realizados durante o desenvolvimento do
Projeto, a fim de tornar essa leitura mais ilustrativa. E, colocamos em anexo,
alguns textos criados pelo/as estudantes.
Bibliografia
BRASIL
Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental.
ALFABETIZAÇÃO: parâmetros em ação. - Brasília, 1999.
BRASIL.
Ministério da Educação e Cultura. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua
Portuguesa –Vol. 2. Brasília, 1998.
LEVINE,
Karen. A Mala de Hana: uma história
real. Melhoramentos: São Paulo, 2007.
Proposta
Pedagógica da Rede Municipal do Ensino do Recife. Construindo Competências:
Versão Preliminar. Recife; 2002.
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